12 Março 2011 - 08:58

Peritos Criminais divulgam nota de esclarecimento sobre o caso Flavius Lessa

Em virtude da nota oficial postada no site da Polícia Civil (PC), acatada e divulgada em todos os veículos de comunicação, a Associação dos Peritos Criminais de Alagoas decidiu se manifestar apresentando alguns esclarecimentos. Entre eles que, em nenhum momento, houve omissão no tocante à realização de exame que pudesse garantir provas imediatas quanto à identificação do autor do crime que vitimou o designer Flavius Lessa.

Por falta de conhecimento do trabalho pericial, talvez, a delegada que solicitou um exame com luminol na camisa do senhor Frederico Safadi não soubesse como funciona o processo e da impossibilidade de se dar um resultado imediato, o que foi explicado.

No dia em que Safadi foi ouvido e colocado como suspeito principal, a delegada Maria Angelita queria que o exame fosse feito na Central de Polícia porque na camisa havia algumas manchas vermelhas . Foi explicado a ela, conforme o que nos foi informado, que o luminol reage não somente com sangue, mas onde existe Ferro (a exemplo de cenoura, caldo de feijão etc) e que, mesmo assim, o referido exame, não afirmaria se o material seria sangue humano ou animal.

“Nesse caso, a perícia pormenorizou que havia a necessidade de ser realizado um exame mais aprofundado que desencadearia no teste de DNA. Este não é feito em Maceió porque o Instituto de Criminalística de Alagoas não dispõe de laboratório e o convênio que havia com a Ufal para tal fim foi cancelado”- ressalta Paulo Rogério, vice-presidente da Associação.

Segundo Rogério, também não havia a menor possibilidade de ser feito um exame na Central de Polícia, como ansiava a delegada, “porque esse tipo de trabalho requer um espaço adequado para evitar contaminação e, consequentemente, alteração nos resultados”.

Enfatizamos que tudo o que esteve ao nosso alcance foi feito, desde a perícia local, no corpo e no veículo, bem como um mais detalhado, no domingo, também no carro da vítima que foi levado para o estacionamento do prédio onde funciona o IC.

“Aproveitamos para lembrar que há três anos lutamos por melhores condições de trabalho e em um momento como esse faltou recursos e ainda fomos taxados de omissos. Mesmo que tivéssemos todo aparato, o resultado não sairia logo. O caso está esclarecido, com os réus confessos, porém não poderíamos deixar de tomar um posicionamento sobre o que nos colocou como irresponsáveis, dando a entender que o principal suspeito do homicídio havia sido solto porque os peritos se negaram a fazer um exame. Sempre trabalhamos com muita ética e Alagoas toda já conhece os resultados obtidos com casos desvendados por meio do empenho e competência dos nossos profissionais”- conclui Paulo Rogério

por Assessoria

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