30 Agosto 2012 - 11:30

AL: Operação “Angoera”: quadrilha deu prejuízo de R$ 20 milhões, diz PC

Divulgação
Ana Luíza e Paulo Cerqueira na entrevista coletiva

A Polícia Civil de Alagoas apresentou, na quarta-feira (29), os articuladores de uma organização criminosa acusados de roubo de cargas, receptação, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. O grupo foi mostrado durante entrevista coletiva realizada na sede da PC, em Jacarecica, com as presenças do delegado-geral, Paulo Cerqueira e da diretora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegada Ana Luiza Nogueira.

De acordo com a delegada, só de uma empresa transportadora, em Alagoas, o prejuízo foi de 20 milhões de reais. A polícia estima que mais de vinte empresas no Nordeste foram lesadas pela quadrilha.

Foram apresentados: Josenildo Balbino de Oliveira, 46, Caio Vítor Amorim Oliveira, 23, e Joelma Maria de Oliveira Melo, 34. Após investigações da PC, os três foram presos em Arapiraca por policiais civis da Inteligência e do Tigre, ambos da Deic. Eles agiam em Alagoas, Pernambuco, Bahia e Sergipe.

A delegada Ana Luiza explicou que Josenildo Balbino é o líder do grupo e escolhia cargas com material de luxo, em média de preço de R$ 1,5 milhão, e os assaltos aconteciam pelo menos de três a quatro vezes por mês.

Na operação policial foram apreendidos três carros e um caminhão, usado para transportar cargas roubadas. A delegada explicou que muito material roubado, de alto valor, também foi apreendido, como bebidas, aparelhos telefônicos, perfumes importados e televisões LCD.

A diretora da Deic salienta que, com as prisões dessas pessoas, que são as organizadoras do grupo criminoso, a polícia conseguiu desbaratar a quadrilha e desvendar a forma como ela agia. A delegada revelou que Josenildo era procurado em vários estados e usava o nome falso de João Vitor Amorim Oliveira para abrir empresas fantasmas. Ele arregimentava pessoas que eram encarregadas de realizar os roubos.

Durante a operação, foram apreendidos também R$ 350 mil em cheques, além de folhas em branco e cartões de crédito. Também foram achadas pesquisas feitas pelo grupo na internet, nas quais avaliavam o valor das mercadorias para revender. Notas fiscais falsas também foram apreendidas, além de carimbos da Secretaria da Fazenda, usados para "autorizar" o trânsito dos produtos entre os estados.

Na entrevista coletiva o delegado-geral da PC, Paulo Cerqueira, salientou a importância da Operação Angoera e afirmou que com a prisão da quadrilha foi desbaratado um grupo criminoso de grande alcance que agia em vários estados do Nordeste. "Recentemente já realizamos prisões de diversas pessoas envolvidas em modalidades criminosas. Nosso trabalho de combate ao crime será cada vez mais intensificado" concluiu.

por Agência Alagoas

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