O Sesc Alagoas e o Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) desenvolveram mais uma parceria fértil com o projeto Ateliê Sesc de Cinema. A proposta é muito simples: instigar jovens estudantes da rede pública de ensino a mergulhar na magia da sétima arte, através de oficinas de audiovisual que abordem a linguagem cinematográfica, gramática do audiovisual, roteiro, direção, edição etc.

As aulas aconteceram durante todo este ano no Espaço Cultural Linda Mascarenhas e o resultado prático do projeto pode ser conferido pelo público na quarta-feira (12), em duas sessões gratuitas que exibiram os filmes em curta-metragem produzidos pelos alunos durante as oficinas.

A produção dos futuros cineastas agradou aos presentes. O mundo cabe numa tela de cinema, muito mais que isso: todos os sonhos e fantasias, ficção ou realidade. Na vida de alguns alunos do Cepa, o cinema também é matéria-prima para a educação. Finalizando sua terceira edição, o Ateliê Sesc de Cinema já acumula histórias de sucesso.

Para se ter ideia do êxito da iniciativa, dois filmes produzidos em edições anteriores do Ateliê Sesc de Cinema foram premiados em festivais fora de Alagoas: “Nome, Idade, Profissão, Onde Mora”, de Viviane Vieira, foi premiado no 21º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, como vídeo mais votado na mostra online KinoOikos; e “O velho e a lagoa”, de Márcio Nascimento, foi escolhido o melhor curta ambiental da 7º Cinefest Votorantim, no estado de São Paulo.

Para a jornalista e cineclubista Nataska Conrado, que ministrou a oficina de “Bê-a-Bá” audiovisual, a função do projeto é abrir caminhos para que as pessoas se interessem pela sétima arte. “O Ateliê serve justamente para fazer com que as pessoas se apaixonem pelo cinema”, explica. “É importante para que elas despertem o olhar e vejam as coisas de outra forma. Para que eles possam dar continuidade à realização de suas ideias e sonhos e terem interesse de ir ao cinema, teatro, buscar mais informações”, analisa Nataska.

De acordo com a facilitadora, o Ateliê Sesc de Cinema é um projeto singular, que faz um trabalho mais aprofundado de formação. “É um projeto muito interessante, mais longo, que trabalha de forma mais continuada a formação dos meninos”, afirma. “Em outras edições, alguns jovens até começaram a trabalhar em produtoras, criaram interesse profissional pela área e conseguiram se engajar no mercado. Esta turma, apesar de bem nova, também é muito boa. Vamos torcer pelo sucesso deles”, revela.

Para a artista visual e também facilitadora do projeto, Alice Jardim, o fato de as oficinas terem sido realizadas no Espaço Cultural Linda Mascarenhas facilitou a ampliação do projeto. “A primeira ideia do projeto era trabalhar com os bairros, e como o Farol é um bairro central, terminou que as pessoas dos bairros próximos também vieram e começaram a se inscrever. A localização e a estrutura do Linda Mascarenhas acabou facilitando a recepção de todo esse público”, diz.

O público presente aplaudiu e festejou os filmes, que agora seguem para uma nova etapa do projeto: o envio para festivais de cinema. Fique de olho nesses futuros cineastas alagoanos!
 

por Agência Alagoas