Gestores das Secretarias de Estado da Saúde (Sesau) e do Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e da Defesa Civil estiveram reunidos, nesta terça-feira (28), para discutir um termo de cooperação técnica entre os órgãos. O objetivo é viabilizar o mapeamento do risco de acidentes com produtos químicos na BR 101.

O estudo compreende o trecho entre os municípios de São Miguel dos Campos e Messias e será realizado por meio de um convênio firmado entre a Sesau e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O pacto prevê a capacitação, a integração e a otimização dos sistemas de assistência a emergências, possibilitando uma resposta rápida em caso de incidentes.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, a ação é fundamental para a proteção ambiental e também para o desenvolvimento econômico da área. “A região tem dois mananciais e precisa ser protegida. Esses instrumentos de planejamento servirão até para empresas que pretendam se instalar na localidade, que já terão tudo mapeado”, disse ele.

A iniciativa vai englobar setores da Sesau e do IMA, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Defesa Civil e a Diretoria da Produção da Informação e do Conhecimento da Seplande. Além do mapeamento de risco e dos produtos que circulam na rodovia, serão levantadas ainda atividades impactantes, recursos hídricos e população residente no entorno.

“Iremos mapear todo o trecho identificando os sítios frágeis, a população que pode ser atendida e as áreas de preservação, para, depois, colocar tudo no mapa. Com tudo isso registrado, vamos aprimorar o sistema de preparação e resposta a acidentes”, destaca a diretora de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Elizabeth Rocha.

Para obter as informações, as equipes vão realizar pesquisas de campo e utilizar imagens de satélite do Estado de Alagoas. Os dados servirão para a confecção dos mapas com os graus de risco, que ficarão disponíveis para consulta na internet. Além disso, serão adquiridos ainda equipamentos de análise ambiental, primeiros socorros, veículos e roupas de proteção.

O tenente-coronel Gilson Romeiro, da Secretaria da Defesa Civil, ressalta que o projeto vai contar com a participação de diversas entidades. “Vamos envolver postos de saúde, hospitais, Corpo de Bombeiros e várias secretarias de Governo. Estaremos todos juntos na prevenção de acidentes e na assistência em casos de emergência”, expôs ele.

O convênio entre Sesau e Ministério do Meio Ambiente tem duração de dois anos e terá recursos na ordem de R$ 860 mil. O acompanhamento e a fiscalização ficarão a cargo da Comissão Estadual do Plano de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida aos Acidentes e Desastres de Origem Tecnológica e Natural (CE-P2R2), criado por decreto governamental.

As atividades serão acompanhadas em reuniões bimestrais entre os gestores dos órgãos estaduais envolvidos. Seminários de divulgação do projeto também estão previstos para o fim do primeiro ano de execução e para o encerramento. O termo de cooperação técnica entre Sesau, Seplande, IMA e Defesa Civil ainda será revisado para, posteriormente, ser assinado.

Também participaram da reunião a superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto; a diretora de Vigilância Ambiental, Elizabeth Rocha; o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico da Seplande, Keylle Lima e o diretor-presidente do IMA, Adriano Araújo.

por Agência Alagoas