Brasília (28/04/2022) - A Linha de Transmissão "LT 500kV SE/Estreito – SE/Cachoeira Paulista (C1 e C2)" teve o traçado de seu projeto redesenhado em consequência do licenciamento ambiental conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Inicialmente, a previsão era deduzir 367,23 hectares de vegetação nativa para implantação e manutenção das estruturas mas, graças à atuação do Ibama no processo, a área foi resumida a 145 hectares. Ou seja, uma redução de 60% da supressão vegetal apresentada na proposta original.
A empresa responsável pelo empreendimento realizou revisões em seu projeto de engenharia, alterando a proporção de torres autoportantes e estaiadas, passando de 51% (792 estruturas autoportantes) e 49% (749 estruturas estaiadas) para 61% (934 estruturas autoportantes) e 39% (607 estruturas estaiadas).
As torres estaiadas são estruturas que precisam de vários pontos de contato com o solo: uma fundação no centro da torre e várias outras para fixação dos cabos de sustentação, por isso exigem grande disponibilidade de terreno para sua instalação. Enquanto que as autoportantes necessitam de menos pontos de fundação (apenas dois na base da torre) e menor espaço para manutenção, sendo, então, melhores ecologicamente.
A empresa também realizou novos estudos ambientais para apresentação de alternativas locacionais de acesso às torres e para diminuição da área de intervenção do empreendimento, além da mudança dos quantitativos de cada tipo de torre: a área necessária para montagem das autoportantes foi otimizada de 80 x 80m (6.400m² previstos inicialmente) para 50 x 50 m (2.500 m²).
Foram utilizados guindastes de menor porte, que permitiram o içamento de partes menores das torres, montadas previamente de forma manual em solo, e também, houve a redução da área de estocagem de material próximo às estruturas, com o transporte dos insumos de forma fracionada - conforme necessidade apresentada para montagem.
O licenciamento ambiental trabalha para que o país se desenvolva com segurança ambiental, compatibilizando o desenvolvimento econômico-social com um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, em seu processo, otimiza projetos e determina medidas preventivas, mitigadoras ou compensatórias para os impactos que as atividades potencialmente poluidoras podem causar à população e à natureza.
por IBAMA
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