Artigos

Valfredo Messias dos Santos

Valfredo Messias dos Santos

Procurador de estado, defensor público e membro da Academia Penedense de Letras

Postado em 26/06/2011 12:51

Violência, um tema recorrente

Estamos vivendo um tempo onde a violência tomou rumos inadmissíveis em razão da omissão do Poder Público. Uma omissão caracterizada pelas alegações de falta de recurso,quando na verdade, o que se observa é a falta de uma política eficaz, com pessoal competente, estruturas condignas e preparação continuada. Não se combate a violência apenas com falácias, com mudanças de autoridades na área da segurança pública, mas sim com empenho, determinação e com os meios necessários para que o gestor planeje e execute.

A morosidade da Justiça é também um gargalo que precisa ser removido, mas não apenas isso. Os juízes são aplicadores das leis que, de certa forma, tem favorecido à impunidade com a utilização de inúmeros recursos postos à disposição dos transgressores, sob a alegação de que a todos, é assegurado o direito constitucional, do contraditório e da ampla defesa.
Enquanto as discussões em torno do óbvio acontecem,a violência cresce,encurralando os cidadãos dentro de suas casas, que apesar de ser, também, um refúgio garantido constitucionalmente, vem sendo desrespeitado, violado, por aqueles que se especializaram em contrariar as regras de conduta impostas a todos.

É estarrecedor constatar, pelos noticiários, pelos jornais, enfim pela mídia, o descaso pelo sistema penitenciário brasileiro. Os presos são tratados como animais sem dono em um ambiente que, pela lei, deveria ser destinado à recuperação, à ressocialização,ou seja, à uma política executada por profissionais competentes, com o objetivo de promover uma transformação daquele ser humano , que por vários motivos , transgrediram às normas penais, devolvendo-o à sociedade, ao final do cumprimento de sua pena, com idéias novas, com novas perspectivas de futuro e com desejo de perseguir sonhos .

Ao invés disso o que se vê são homens que apesar de terem cometidos crimes sem maior importância, se revoltarem dentro das penitenciarias, por terem tratamento igual aqueles que cometeram crimes hediondos e que, por serem portadores de índole má, dificilmente serão recuperados. Verdadeiras gangues são formadas dentro do próprio sistema aterrorizando os demais presos, impondo-lhes um regime ditatorial, tão infame, que se tornam senhores da vida e da morte.

Como aceitar que pessoas reclusas, transgressoras das normas regedoras da sociedade, imponham seu poder no ambiente público fiscalizado e gerido por agentes públicos? Como aceitar sem acreditar que haja omissão, seja por temor, por aceitação voluntária ou por corrupção?
Em várias Delegacias de Polícia deste país homens e mulheres dividem o mesmo espaço, como se as pessoas que infringem a lei, perdessem a sua condição de pessoa humana e se desnudasse da sua dignidade, não sendo destinatárias das garantias constitucionais. Recentemente foi noticiado que uma escrivã foi obrigada a tirar toda a roupa diante de dois delegados de polícia sob o pretexto de que seria revistada cujas imagens foram lançadas na internet.

Sabe-se que “violência” é um tema recorrente, mas não devemos esquecê-lo para não nos acostumarmos com a situação presente e acharmos que tudo está dentro da normalidade.
Para nós, cidadãos ou não, integrantes da sociedade, cumpridores das obrigações e tementes à lei, restam apenas o desejo, o sonho e a esperança, de que um dia as autoridades, os gestores, que têm a obrigação, conferida por nós, e pela lei, para promover o bem comum,se acordem e percebam, de uma forma bem clara, que na barbárie, serão eles e suas famílias os alvos mais desejados pelos bandidos.

Comentários comentar agora ❯

  • Pedro José da Silva Como sempre o Dr. Valfredo muito feliz em seus artigos, eu temo muito por nosso país,a impunidade está crescendo demais, e com esse novo código vai piorar ainda mais.
  • eliene mello Parabéns, Dr. Valfredo essa é nossa realidade atual. As leis vem favorencendo os infratores, enquanto o cidadão fica aprisionado e sem segurança. Quando adolescente, meu professor de mátemática, ollhava para a favela do Cantagalo, localizada em uma das áreas mais previlegiada do Rio de Janeiro, e dizia que se o poder público tomasse providências o futuro seria o que estamos vivenciando agora. Sábio professor, tinha uma visão do futuro. Mas alimentaram o monstro e agora ele está dando as ordens. Mas pode mudar depende dos administradores do país.
  • Coração de Leão Estamos nos acostumando a tudo isso. O código deveria mudar para melhorar a situação, entretanto, os legisladores querem mesmo é piorar. Mas, a população tem uma forma de mudar, traçar projeto de lei, colher assinaturas e enviar ao congresso, ou seja, precionar os legisladores sobre a atual situação.
Jean Lenzi

Jean Lenzi

Ator, dramaturgo, encenador teatral e ativista cultural

Postado em 22/06/2011 08:07

'Corpus Christi'

Pequeno, no Penedo recordo com alegria e com a ajuda de minha santa avó quando nesse dia celebrávamos o Corpo de Deus. Eu, garoto raquítico, amarelado e cheio de querulências era arrastado por uma tia “carola” para a Igreja de Santa Luzia onde saía religiosamente a procissão do Corpus Christi. Digo ainda celebrávamos, pois naquela época (não muito distante), todos nós estávamos imbuídos de uma aura de santidade bem diferente dos dias atuais. Minha avó, muito religiosa e crente das manifestações e do poder exercido pela religião, me reaviva hoje num diálogo nostálgico as lembranças de um préstito soleníssimo, onde após o interminável desfile das irmandades que ostentavam suas opas bem vistosas ornadas com fitas e echarpes, vinham também sobre o pálio carregado por seis autoridades gradas, a figura carismática do Santo Bispo que aparecia com suas vestes talares: “mitra com duas cúspides, capa de asperge bordada a ouro e a custodia onde se guardava fiel e seguramente o Corpo de Deus”.

Ela me faz saber ainda que a hóstia – esta era bem maior do que as que serviam na comunhão. E me traz à memória novamente a minha infância, onde o desejo de ser coroinha era constante, ainda mais quando nas Santas Missas dos domingos, (missas das crianças), eu avistava no altar, por além do Santo Padre, dois dos meus primos contemporâneos. E o pedaço de pão que eles auxiliavam na entrega para os fies me atiçava à curiosidade – “será que eles comem aquilo escondido?“ e “qual sabor deve ter o Corpo de Deus?” ficava matutando enquanto todos oravam em silêncio pleno.

Ainda nas procissões, os penitentes fiéis expressavam suas ladainhas nas ruas. Recordo que minha tia e um punhado de amigas acompanhavam descalças a procissão e eu não entendia quais pecados mereceriam tamanho sacrifício. Hoje pouco se vê e se compreende desse momento, e que roguemos aos céus não vir a ser apenas uma data a cada junho. Não falamos mais nos ritos, nos dobres gregorianos e como sempre, depois de tudo, o povo. “Os turíbulos impregnavam o ar com o cheiro do incenso toda vez que os coroinhas os balançavam, e por instantes parecia que estávamos chegando aos céus”.

Saudosa, minha avó afirma ter sido lindo o seu Penedo, e junto de tantas outras, é razão de sua imorredoura paixão. “Das janelas das casas, mantas de damasco e brocados balançavam ao vento e indicavam o status do proprietário”. As ruas eram cobertas com folha de mangueira e alecrim que ao serem pisadas, esmagadas, exalavam agradável perfume, que neutralizava o odor pútrido das sarjetas. Disso recordo ainda que junto de alguns amigos e de vizinhos, unidos enfeitávamos as ruas para a passagem do Senhor, colhíamos as folhas nos quintais fartos de mangueiras e as espalhávamos por quase toda extensão da antiga Rua Nova. Com a cal, pintávamos o meio fio do calçamento como se estivéssemos de fato num experimento de pintura medieval.

Contudo, corroboro a visão de minha avó de que ainda é lindo o nosso Penedo, mesmo lhe faltando as pompas e as circunstancias daquele tempo e ainda a liturgia e o encantamento que a fé propicia. E do mais, sei o quanto pode ser triste o mundo adulto e nesse a insensatez que invade o homem com sua falta de fé. Já não há tantas certezas, somente as dúvidas como caráter singular de quem aprendeu a conjugar a vida de forma distinta. Mas de uma coisa tenho certeza, da ciência de Darwin e de Nietzsche e da beleza quando avistei em Flandrin que fizeram de mim o que eu não queria.
 

Comentários comentar agora ❯

  • simplismente a fé somos viciados em perguntas ,em questionamentos,duvidas que numca encontraremos respostas ou nos satisfaremos com o que a fé nos ensina ou simplismente nos mostra de forma tao clara,sem precisar voar tao longe ou sair do chao para no ar buscar o que nao temos capacidade de entender porque nossa fé se bate com nossa ignorancia.
  • Fernando Maximino Cruz Lessa Amigo Jean, após uma conversa sobre assunto tão insalubre, você mostrou que tem grandeza suficiente para escrever tão belo texto. Compartilhar e relembrar dos bons sentimentos forma comunhão social. Por isso é de imensa importância lembrar de como é bom viver antes que esqueçamos por completo.
  • Roberto Muito intrigante ao ler, apesar das falacias sobre esta data que para os católicos é o fudamento da sua fé. A tradição é valida no modo como Penedo se preparava para esse grande evento, hoje vejo descaso pela comunida eclesiastica que pouco faz pela cidade deteriorando o pouco que resta das tradições....
  • jMaria Núbia de Oliveira Jean, fico feliz ao ver que as suas lindas lembranças das solenidades religiosas, com especial destaque Corpus Christ, criaram raízes em sua alma. É linda a maneira como você relata tudo que vivenciou na sua infância pura, estimulado pela sua tia, que teve o privilégio de carimbar a marca de Jesus Cristo no seu coração, na sua alma, que é a sua mente! Parabéns pelo texto.
  • Familia Fontes Gostei da lembrança da sua tia ,pois à conheço é uma pessoa especial. Parabéns
João Pereira

João Pereira

Advogado, escritor e atento observador da política

Postado em 15/06/2011 12:08

Orquestra Arquitetônica de Penedo: Como desafina!

Como ficamos maravilhados e incrédulos que uma orquestra, com quarenta ou mais componentes possa, sob a batuta de um competente regente, reproduzir uma sonoridade tão harmoniosa e agradável.

Uma cidade, no plano administrativo, assemelha-se a uma orquestra, tendo na figura do prefeito o maestro que com o seu secretariado e demais servidores, saiba imprimir o ritmo dentro do compasso e sintonia, a fim de alcançar as metas previamente traçadas.

Penedo, sob o ordenamento arquitetônico, especialmente na área histórica, com ênfase na sua sala de visitas, avenida Beira Rio, acreditamos que não houve a participação de um arquiteto em seu projeto, tal o péssimo gosto da criação que ao invés de ter sido ungida com a graça da bela inspiração, ateve-se a uma vulgar respiração. A praça em referência é um enorme vazio. A sua paisagem é estéril pela estúpida nudez do calçamento. Nada, absolutamente nada que acene para o bom gosto e a beleza. Bancos, jardins e arborização para amenizar a temperatura local, passou longe pela cabeça do autor que, parecendo um primitivo adorador do fogo preferiu, como tal, uma avenida quente e abrasada, alheia ao bem-estar das pessoas.

A constatação de tudo isso nos faz acreditar que esses projetistas pensam que Penedo, por ser velha, não combina com atavios para embelezá-la. Essa ausência e despreocupação pela busca do belo, sedimenta nossa convicção de que Penedo sofre de um autodesprezo. Não chega a ser uma favela mas tem tudo, por índole, para chegar até lá. O comércio ambulante, um honesto meio de vida que merece um melhor tratamento, não dispõe de um local próprio, com barracas padronizadas. O de produtos artesanais, que tinha local próprio e visível, foi deslocado para a invisibilidade. Os entendidos em comércio dizem que o ponto comercial está em primeiro lugar. Em segundo, ainda o ponto. A visibilidade, em qualquer ramo, é a peça fundamental. De quem teria sido a ideia?

Um fato que nos chama a atenção é o estigma da morosidade das obras que têm o dedo do IPHAN. Umas têm início e ficam paralisadas pelo meio do caminho e outras se eternizam por causas desconhecidas. A título de exemplo, queremos acreditar que o Mercado Municipal quando for reinaugurado estará necessitando de reparos. Temos verdadeiras sinfonias inacabadas e outras que tocam monotonamente a passo de tartaruga. Como classificaríamos tal estado de coisa? Excluídos estariam os bons adjetivos.

Enfim, a verdade é que não sabemos o porquê de tantas dissonâncias da orquestra arquitetônica de Penedo. Emperrada e enferrujada no campo da criatividade, esperamos que essa deficiência seja contornada, que surjam novos maestros para que, com a indispensável sensibilidade, deem um novo arranjo no movimento, encantando-nos com a inspiração de belos e harmoniosos acordes musicais.
 

Comentários comentar agora ❯

  • Francisco Araújo Filho Parabéns, mais uma vez, ao articulista pelo excelente texto. Além de tudo o que foi dito, creio ser pertinente acrescentar que a) surgiu em Penedo a magistral mentalidade de que alguns iluminados assumem cargos públicos na cidade sem nenhum interesse ou motivação pessoal, mas por uma espécie de caridade superior, para \\\"ajudar\\\" essa terra carente de filantropia; b) assim sendo, essas pessoas estão acima de qualquer crítica, não devendo prestar satisfações de seus atos e escolhas a ninguém, inclusive à comunidade que os elegeram; c) além disso, a culpa dos inúmeros problemas que a nossa cidade enfrenta (saúde, educação, segurança pública, inércia cultural etc) é culpa única e exclusiva da omissão e do comodismo da própria comunidade penedense, o que, diga-se de passagem, não deixa de ser verdade... Mas até um certo ponto... Por fim, deve-se acrescentar que diante dessa mentalidade (ou novo paradigma), qualquer avaliação crítica do momento vivido por nossa cidade torna-se inútil. As pessoas que exercem cargos públicos simplesmente ignoram solenemente qualquer ponderação, mesmo as mais sensatas e levadas a efeito por pessoas idôneas e isentas. Refugiam-se na sua arrogância ou indiferença, evidenciando assim a gravidade do ponto a que chegamos: quando a crítica, a auto-crítica e a reflexão inteligente tornaram-se já uma inutilidade. Depois disso, resta-nos calar ou lembrar uma antiga frase, cômica se não fosse trágica: \\\"O último a sair apague a luz\\\".
  • eliene melo Dr. João Perreira, Concordo com vc, porque Penedo não tem a atenção que deveria, a cada visita que faço, fico desolada com o descaso. Vejo minha querida cidade como uma cidade fantasma. Não existe uma administração correta. Os colaboradores só consegue deixá-la cada vez mais maltratada. Quando pavimentaram a margem do rio, fiquei triste, pois mataram vidas que ali habitavam. Quando reformam modificam muito! Não sou engenheira nem tão pouco arquiteta, sou penedense e entendo que \"Penedo\", deveria ter outro tratamento. Parabéns pelo artigo.
  • marquinhos eu acho que esse IPHAN atrapalha demais o desenvolvimento de penedo!!!pow deveria fazer uma obra mais bem feita e deixar asfaltar penedo!!!so queria q penedo se desenvolvesse, mas com esse IPHAN, eles querem q penedo continue assim sem desenvolvimento!!
  • RLwIqcUXei You have shed a ray of ssunhnie into the forum. Thanks!
Jean Lenzi

Jean Lenzi

Ator, dramaturgo, encenador teatral e ativista cultural

Postado em 12/06/2011 00:00

O Rato e a Bailarina

Há algum tempo recebi de presente de um colega de teatro, interessante poema dramático cujo título 'o boêmio e a bailarina' incitava uma feliz resposta a outro poema 'a bailarina e o boêmio'. Numa agradável leitura, esse texto de caracteres teatrais nunca foi montado, o que se configura numa lástima, tal a beleza desse escrito. Já no Penedo, de forma avessa á poesia, testemunhei o espanto irracional da cena performática de "o rato e a bailarina'.

Foi na noite de sábado, 03 de junho e tudo seguia da mais perfeita ordem na representação do espetáculo performático 'desnudas' dos competentes 'Saudáveis Subversivos'. Na platéia, as “excelências” do teatro penedense e uns tantos outros cidadãos comuns. No palco, a bailarina-atriz Mary Vaz cujo solo a fazia flutuar pelo tablado do Sete de Setembro numa preciosa demonstração de talento e ousadia; já o rato era um gabiru gigante nascido e crescido no Penedo, e alimentado graças aos farelos deixados por uma gente que consome o teatro local em suas várias possibilidades.

O pequeno-grande-ator aguardava então seu momento de entrada triunfal que tardava a chegar, e foi num ápice de desespero e agonia por ver sua cena sendo roubada pela bailarina-egoísta, e também por ter seu habitat invadido por estranhos humanos que ele, enfurecido, entrou em cena rodopiando em mil e uma cambalhotas de um canto a outro do palco como se fizesse mesmo parte da performance, a fazer inveja a qualquer “Cirque Du Soleil” e de forma a demonstrar seu grandioso empenho profissional de rato-ator. A bailarina-egoísta, centrada em sua dança, sequer percebeu a ameaça que seu parceiro de palco representava.

Triste e desapontado pela colega, o rato-ator cujo nome artístico “RATTUS RATTUS ALEXANDRINUS” não constava no programa da peça, recolheu-se em seu camarim no porão do theatro. Quase como uma fábula, podemos refletir na lição do rato-ator como sendo um legítimo agente da ação dramática tanto quanto a bailarina-egoísta ou até mesmos os atores da distinta platéia.

Interessante ainda reavivar a lenda do "fantasma das correntes" que supostamente habita o Theatro Sete de Setembro. Como se não fosse o bastante termos de conviver com os fantasmas vivos. É de uma boca à outra que das coxias se ouve: "existe fantasma lá!!!". O fato é que essa afirmação vem de quem já teve a satisfação de pernoitar no Theatro (os arteiros maceioenses em sua maioria). Os ecos livres indicam talvez correntes sendo arrastadas pelas escadarias, e numa contada ou outra se aumenta pontos palpitantes, afirmando se tratar também de um fantasminha talentoso e fervoroso torcedor do flamengo numa feliz alusão ao guru de todos os arteiros pendenses, Luiz Egno e seu fair play, por sinal vivíssimo.

Mas, se há fantasma com ou sem correntes, flamenguista ou não, só mesmo sendo convidado para vê-lo ou ouví-lo, isso após ter agendado previamente na diretoria do Theatro. Mas se acaso existir, não deve ser temeroso, afinal, pode se tratar de um fantasma brasileiro, cabra da peste, bastante malandra que foi se esconder justamente na casa das belas musas Terpsícore, Tália, Euterpe, Melpomene, ambas solteiras e descompromissadas há séculos. Isso é claro, se não quisermos acreditar que mais assustador é saber da existência dos fantasmas vivos que circulam pelo theatro, a esses sim, podemos pensar em creditar um pouco de temor. Quanto ao gabiru, a bailarina-egoísta foi embora e ele enfim voltou a ensaiar seus novos números.

Comentários comentar agora ❯

  • ratazana sera que na casa do penedo exitem ratos???? é preciso fazer uma busca pelas dependencias do espaço vazio ,pouco visitado que contem alguns arquivos da historia do penedo
  • Cássio Realmente o secular Teatro Sete de Setembro já viveu dias melhores. Lamentável!
  • Rita Beltrão Parebéns Jean pelo artigo, ouvi falar dessa tragédia.Perdi minhas ultimas esperanças com Penedo e não sou daquelas q não desiste por pouco, mais Penedo já demonstrou muito. Pessoas inocentes e cheias d esperança protestam, já outras espertas e sem fé roubam e enganam. O problema não está em Penedo, mais em todo um contesto q sempre a culpa deverá cair no nosso belo e perfeito sistema político. Penedo Nasceu e Morreu quando D. Pedro ousou passar por Penedo, uma cidade q vive d memórias esquecidas pelos próprios Penedenses, que não gera renda nenhuma, e nem muito menos são memórias preservadas, claro que toda essa baboseira não é generalizada, existem sim Penedenses preocupados, Penedenses inocentes, Penedenses cultos e verdadeiros. Mais da parte que me cabe, DESISTI. Por observação só veio a ressaltar futuros chingamentos a minha pessoas meu sobrenome Beltrão não envolve a família dos Cururipenses. Abraço Penedenses, eu já fiz parte...
  • eliene melo O \"Rato Ator\", visitou Penedo e resolveu permanecer, agora é cidadão penedense. Cidade sem administradores, os ratos invadem e tomam contam. O \"Rato Ator\", é apenas um entre tantos que residem aí. A cidade, vem sendo ruída por ratos intectuais e espertos há muitas décadas, continuará asim por muito tempo. Enquanto um penedense determinado assuma a administração, os ratos continuaram com a invasão. Parabéns! Jean seu artigo está ótimo!
Antônio Nélson de Azevedo

Antônio Nélson de Azevedo

É advogado e Presidiu a OAB - subsecção Penedo

Postado em 08/06/2011 16:30

A morte do Osama

No ano de 1969 o governo Norte Americano mandou para a LUA uma nave espacial batizada de Apolo XI, composta por três tripulantes. Foi a maior festa naquele grande país e nos países considerados aliados, principalmente porque Estados Unidos e União Soviética viviam o período da Guerra fria e tudo era motivo de disputa e comemoração, quando um levava vantagem sobre o outro. A televisão na época mostrava todos os passos dos astronautas, o momento da aterrissagem, o fincamento da bandeira Norte Americana, os pulos em câmara lenta (ausência de gravidade), coleta de material, entre outras ações.

Os comentários eram muitos e cheios de criatividades, do tipo, será que os astronautas viram São Jorge, será que a lua tem praça para namorar, além de outros. Também existiam aqueles que não acreditavam na proeza dos americanos. Entre as pessoas que não acreditavam existia "PITU", apelido carinhoso que eu e minha irmã Tita (Ana Cristina) usávamos para chamar a senhora Capitulina, pessoa que ajudou minha mãe a me criar pois sou o primeiro filho e posteriormente os meus cinco irmãos. Muitas e muitas vezes eu sabendo que ela na acreditava naquele fato histórico eu a provocava no sentido de ouvir mais uma vez a sua opinião e o dialogo era mais ou menos assim: PITU você acredita que o homem pisou na lua? Ela respondia não. Eu insistia dizendo, mais PITU passou na TV e você viu. Ela me dizia não vi nada, é tudo uma grande mentira. Dez a quinze anos depois do ocorrido em 69 voltei a perguntar a PITU do mesmo jeito que fazia a dez ou quinze anos atrás e ela me respondia com uma pergunta básica: por que não foram mais? meu filho, meu filho........

O tempo passa e os Estados Unidos, como sempre fez durante muitos anos praticou intervenções bélicas ou não em vários países, podemos citar diversos exemplos, do tipo Guerra do Vietnam ( vergonha total ) e por aí afora. Em suas intervenções sempre desrespeitava o termo soberania nacional e em nome de liberdade total (democracia) praticava todo tipo de atrocidades, quem não lembra ou ouviu falar das duas bombas atômicas lançadas sobre o Japão (segunda guerra mundial). Hoje o movimento político vivido pelo atual presidente americano é igualmente de euforia como no passado (quando festejavam a vitória da corrida espacial contra a União Soviética), nas ruas o povo festejando a morte do inimigo número um do País, inimigo antes considerado amigo número um do mesmo País. Tal fato deu ao Presidente americano mais prestígio e mais poder político (antes da morte de Osama em baixa).

Muito mistério vem o fato divulgado pelo próprio Presidente e que para muitos não merece a credibilidade real das informações. Alguns jornais já colocam em cheque a veracidade dos fatos noticiados. Voltando para o assunto comentado no início deste artigo, caberia muito bem perguntar a Capitu a sua opinião sobre a morte do Osama e ela certamente ( se viva estivesse ) responderia a minha pergunta formulando várias perguntas, perguntas do tipo: meu filho cadê o filme (hoje tão fácil de fazer); cadê o corpo? Foi jogado no mar menos de vinte e quatro horas depois de morto (tradição muçulmana – muito respeito para ser dispensado a um inimigo); em relação a esta resposta daria uma boa gargalhada e diria que com Lampião foi diferente pois o tenente João Bezerra quando juntamente com a sua volante matou o cangaceiro cortou a cabeça do próprio Lampião, de Maria Bonita e de alguns lideres do seu bando e as expôs em praça pública, na cidade de Piranhas, antes de mandar as cabeças para a cidade do Recife. Afinal ela chamaria de novo jogo de cena dos americanos para se promover politicamente (no campo interno) e demonstrar poder para o mundo.

Ainda diria que a desculpa de não mostrar o corpo do Osama para não provocar uma grande revolta, também não faz o menor sentido, pois o fato principal (a morte do terrorista) já aconteceu ou não aconteceu. E eu como me comportaria diante de tudo, certamente ouviria tudo calado e muito atentamente. E como reagiria diante daquelas colocações, seguramente não concordaria com o fato de não ser verdade os fatos noticiados pelo poderoso Presidente norte americano, pois modesta a parte sou detentor de uma boa formação educacional, tenho curso superior completo, tenho MBA em gestão pública, entre outras especializações e não posso pensar igual a minha querida CAPITU, OU POSSO? OU NÃO POSSO? OU POSSO? Sei lá.


 

Comentários comentar agora ❯

  • pedro Sim mas voltando ao assunto a obra de saniamento de igreja nova termina quando mesmo ? do jeito que vai : NUNCA o povo da cidade nao aguenta mais tantos desmandos desta empresa ESCAVE , ou podemos dizer , ESCAVAÇAO . terrivel , as ruas que nao tem asfalto e principalmente as ruas do restaurante da dona terezinha , a av joaquim tavora , as ruas do canto , tudo tá uma bagaceira . sujeira , buracos , etc . Á CULPA É SUA NELSON , SUA E DO PREFEITO . fez tres anos esta obra , lembro como hoje , foi nas eleiçoes de 2008 , voce o prefeito e carimbao com aquela conversa bonita , e tres anos depois NADA . Há outra coisa , cade a agua do morro vermelho que até hoije nada tambem . assim fica dificil nelsom voce querer ser politico . TRISTE FIM
  • cidadão o senhor precisa escrever essas coisas para a Al-Qaeda, talvez eles acreditem em papai noel,e parem de vingar a morte de Osama!
  • josue O pedro! nos produtores do distrito boacica estamos ha nais de tres anos sem assistencia tecnica. Diretor desta empresa(codevasf) tem que ser funcionario de carreira e nao cargo politico. La em sergipe existe sim asistencia tecnica, aqui não.
  • PEDRO Discordo de você Josué ! Estes cargos tem que ser Politico , porque só consegue as coisas através da politica , é justamente a politica que libera recursos para o seu orgao , tem sim que existir a harmonia da politica para conseguir as coisas e o dinheiro e tem que ter a tecnica para o bom funcionamento . Portanto , se a PETROBRAS que é a maior Estatal do Brasil tem como presidente um politico , nao vai ser a Codevasf nao vai ter . Aliás , todos estes orgaos federais foram criados por politicos e sao os politicos que todos os anos colocam orçamento para voces , já foi provado muitas vezes que colocar tecnicos em cargos de presidencia e superitendencia em 80% trava o orgao , porque os tecnicos nao tem habilidade politica para conseguir liberar os recursos necessarios para desenvolvimento . Agora eu defendo que o politico que indique , indique um gestor capacitado e preparado .
  • geraldo Não vou comentar a indignidade dos meus conteraneos sobre a varzea de Igreja Nova, não precisa citar a frase do Presidente francês,só imaginamos uma varzea dessa no Japão por exemplo, estaria fornecendo alimento para acabar com a fome na nossa regiâo. Quero comentar como um cidadâo que sempre militou nas chamadas esquerdas,que combatia a fome em grandes plantaçôes, ou melhor nos canaveais, e o nosso guia proibiu ao seu partido de chamar os homens de usineiro e sim de empresário suco -alcoleiro. Convenhamos, a esquerda é burra só faz o que a direitona quer e para compensar desanda em falar dos americanos, eles sâo poderosos porque sâo inteligentes, e os nossos jovnes inteligentes eles levam para là, veja o caso do ITA, qualquer aluno que se destaca, tem garantido,apesar de nos movimentos estudantis é de ataque ao Tio San. Quem levou mais vantagens no governo que ai está, os grndes empresàrios, usineiros (eita, desculpe ) banqueiros e coruptos.