O acusado de praticar o assassinato do Secretário de Cultura de São Brás, Lucivaldo Simeão de Souza Silva, 35 anos, preso na manhã desta sexta-feira, 09, na cidade de Teotônio Vilela, município distante 99 km da capital alagoana, contou com detalhes em entrevista à Rádio Penedo FM (97,3 Mhz e www.penedofm.com.br) como executou sua vítima. Joelson dos Santos Lima, de 22 anos, confessou momentos antes aos delegados Rubem Natário e Thomaz Acioly como praticou e o que motivou o crime.
De acordo com o autor do homicídio que vitimou o secretário de cultura de São Brás, que também lecionava em Porto Real do Colégio, município onde foi morto dentro de sua própria casa, o que motivou o crime foi a negativa de ser passivo na relação homossexual mantida entre os dois na casa da vítima horas depois de terem saído de uma festa em um povoado de Porto Real do Colégio.
“Eu conheci ele há uns 15 dias quando eu ia para a casa de uma tia em São Brás e ele me ofereceu uma carona e revelou que gostava de homem. Ele me ofereceu dinheiro para ficar com ele e me pagou na primeira vez R$ 200 reais e depois ficou mantendo contato comigo, até quando saímos no dia 06 de setembro com dois amigos dele, bebemos a noite toda e ao voltar para casa, ele deixou os amigos e nós começamos a manter relações, mas ele queria a mesma coisa que eu e foi quando aconteceu”, contou o assassino.
Arma e Drogas
Segundo Joelson dos Santos o crime foi praticado de forma sem ser premeditado, sendo a arma usada um pedaço de madeira que ele conseguiu dentro do próprio quarto da vítima. O criminoso também revelou que na noite em que o professor foi executado, os dois não haviam apenas ingerido bebidas alcoólicas, mas cheirado cocaína, droga que age no sistema nervoso central causando euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias e delírios.
Pauladas
Os laudos deram conta de que as pauladas recebidas por Lucivaldo na região da cabeça ocasionaram sua morte. “Quando ele queria me pegar a pulso e eu disse que não ia manter a relação com ele, porque ele (Lucivaldo) queria ter relação do mesmo jeito que eu, ai peguei o pedaço de pau e bati duas vezes na cabeça dele. Mas, porque ele queria me pegar a pulso”, informou o criminoso que alegou ter matado para não ser passivo na relação homossexual.
Bens da vítima
Com o assassino a polícia apreendeu o carro da vítima que havia desaparecido de sua residência desde o dia do trágico acontecimento, além de cartão de crédito, título de eleitor, documento de identidade, carteira nacional de habilitação e documentos relacionados à compra do automóvel. Familiares e amigos de Lucivaldo Simeão esperaram revoltados a chegada do criminoso na Delegacia Regional de Penedo, local onde o elemento permanecerá a disposição da justiça.
por Rafael Medeiros
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