15 Julho 2011 - 16:43

Coruripe: Acusação de estupro desperta suspeita quanto à veracidade da denúncia

Três homens estão presos na delegacia de Penedo por terem sido apontados pela suposta vítima como autores de um estupro, acusação que desperta suspeita quanto à veracidade da denúncia. A desconfiança surgiu durante o depoimento da autora da acusação para a Polícia Civil sobre a alegada violência sexual que teria ocorrido na zona rural de Coruripe.

De acordo com as declarações de Maria Vicentina dos Santos Silva, 30 anos, ela participava de uma festa na noite desta quinta-feira, 14, no povoado Romeiro, onde consumiu bebida alcoólica na companhia de Mario Jorge Domingos da Silva, 23 anos, Ronildo Domingos da Silva, 21 anos, e Luciano Batista dos Santos, 25 anos, e mais um homem que não teve a identidade divulgada, sendo que um dos amigos é primo de Vicentina e todos se conhecem desde criança.

Deixa o filho em casa e volta para a festa

Por volta da meia-noite, ela decide deixar um dos seus três filhos em casa e retorna em seguida para a festa. A farra continua pela madrugada, período no qual Vicentina alega ter sido violentada por Mario Jorge, Ronildo e Luciano. Já os acusados afirmaram para a equipe do delegado Josias Lima, titular da delegacia de Coruripe e responsável pelo plantão na regional de Penedo nesta sexta, 15, que dois deles mantiveram relações com a denunciante e que ambas foram consentidas.

Ainda segundo informações passadas à reportagem do aquiacontece.com.br, Vicentina teria pedido ainda que um terceiro amigo do grupo também mantivesse relação com ela. Como houve a recusa, segundo os acusados, ela passou a gritar, chegando inclusive a pedir ajuda em uma residência do povoado onde um motociclista sofreu um acidente quase no mesmo horário da confusão no local.

No hospital, a denúncia

A viatura do SAMU que prestou socorro ao motociclista também levou a suposta vítima do estupro ao pronto-socorro de Coruripe. Como a vítima do acidente com a moto é amigo dos quatro homens que beberam durante a noite com Maria Vicentina, eles decidiram ir até a unidade de saúde para saber do estado do paciente. Quando chegaram ao hospital, a mulher que estava menstruada e suja de sangue os denunciou à Polícia Militar, ato que resultou nas prisões.

A afirmação sobre a autoria do caso feita na madrugada desta sexta-feira, 15, ainda em Coruripe, não se repetiu diante do escrivão da Polícia Civil. Questionada sobre quem a violentou, Vicentina declarou que o local do alegado crime estava escuro e por isso, não poderia dizer quem, de fato, praticou a violência. Contudo, ela manteve a acusação contra os presos, já que somente eles e ela continuaram reunidos depois da meia-noite no povoado.

Exame de conjunção solicitado

A equipe da delegacia de Coruripe ressaltou que o caso não foi levado ao distrito policial da cidade litorânea durante a madrugada e que só tomaram conhecimento da ocorrência quando assumiram o plantão de hoje na regional. Os agentes informaram ainda que o exame de conjunção carnal em Maria Vicentina foi solicitado para comprovar se houve ou não estupro, procedimento realizado somente pelo IML. O resultado será anexado ao inquérito já aberto.
 

por Fernando Vinícius

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