21 Dezembro 2011 - 20:18

Delegado José Edson assume comando da Polícia Civil

Émerson Lima
José Edson Freitas

A Polícia Civil de Alagoas tem um novo delegado-geral, com a nomeação de José Edson de Freitas Júnior em substituição a Marcílio Barenco, que pediu exoneração, em função de ter sido nomeado para o cargo efetivo de procurador do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas de Minas Gerais, após ser aprovado em concurso público. Os atos de exoneração e nomeação, assinados pelo governador Teotonio Vilela Filho, foram publicados na edição desta quarta-feira (21) do Diário Oficial do Estado.

O novo delegado-geral integra os quadros da Polícia Civil e afirma que a repressão à criminalidade, focada principalmente no combate às drogas, priorizando a investigação, e a realização de concurso público, serão as metas a serem perseguidas, a curto prazo, pelo novo delegado-geral.

“Vamos dar continuidade a esse trabalho que vem dando certo. Tenho orgulho de ter participado de sua construção”, afirma o novo delegado-geral José Edson de Freitas Júnior, que vinha exercendo o cargo de secretário adjunto da Defesa Social e já foi delegado-geral ajunto de Marcílio Barenco.

José Edson afirma que a parceria institucional será fundamental contra a violência no Estado. “O apoio das demais instituições da área de segurança, na esfera estadual e federal, como do Ministério Público, Justiça (especialmente da 17ª Vara) e de toda a sociedade será imprescindível para que possamos reduzir a violência em Alagoas”, declarou.

José Edson de Freitas Júnior, 35 anos, nasceu em Maceió e terminou o ensino médio no Colégio Marista. Formou-se em Direito pelo Cesmac, em 2000, ingressando na Polícia Civil dois anos depois, por meio de concurso público. A primeira delegacia a comandar foi a distrital de São Miguel dos Campos, passando depois pelas delegacias de Campo Alegre e de Defraudações, em Maceió. Ele foi diretor da DPJA-1 (Diretoria de Polícia Judiciária da Área 1), que abrange os municípios do Sertão alagoano, delegado-geral adjunto e secretário adjunto da Defesa Social.

Barenco implantou novo modelo de gestãol

Marcílio Barenco, 39 anos, natural do Rio de Janeiro, assumiu o cargo de delegado-geral em março de 2008, ainda no primeiro mandato do governador Teotonio Vilela, quando o delegado federal Paulo Rubim foi indicado para a Secretaria de Estado da Defesa Social.

Medidas moralizadoras, austeridade e independência nas ações, criatividade e coragem foram algumas das marcas do ex-delegado-geral durante os três anos e nove meses em que esteve à frente da instituição, sendo o delegado a ocupar o cargo por mais tempo.

Barenco implantou uma nova filosofia de administração, visando o combate sistemático à criminalidade e voltado para a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos à população. “A partir do enxugamento da máquina administrativa sob o aspecto financeiro-orçamentário, permitiu-se criar um novo sistema de planejamento de investimentos ainda que com verba de custeio”, esclarece Barenco

O caráter de seriedade e transparência nos gastos públicos foi destaque, inclusive com a implantação do pregão eletrônico que propiciou enorme economia para a Polícia Civil. Hoje, a instituição paga rigorosamente em dia aos seus credores.

A ausência da influência política nas decisões da polícia foi outra grande conquista observada em sua gestão. “Mesmo sendo político, o governador adotou a polícia da legalidade, a polícia de Estado. Hoje, não se troca ou se nomeia delegados para atender pedidos políticos. O critério de nomeação ou de troca é meramente técnico”, explica.

Nesse período, a Polícia Civil ganhou uma sede própria, no bairro de Jacarecica, através de cessão feita pelo governo estadual, e foram criadas as centrais de polícia de Maceió e de Arapiraca (uma terceira deve ser implantada, em breve, na parte alta da capital).

Também foram instaladas casas de custódia nessas duas cidades, o que permitiu o esvaziamento completo das carceragens das delegacias – inclusive nos municípios da região Metropolitana de Maceió, o que permitiu que os policiais civis, agora, trabalhem exclusivamente em sua atividade-fim: a investigação.

A PC/AL iniciou e vem procedendo a reforma de todas as delegacias entre a Barra de Santo Antônio a Barra de São Miguel, com recursos provenientes do Banco Mundial, resultado de um empréstimo conseguido pelo governo estadual. Foi desenvolvido ainda um projeto de recuperação de delegacia de polícia beneficiando tanto Maceió como cidades do interior do Estado.

A criação da Deic (Divisão Especial de Investigações e Capturas) e da Delegacia de Roubos da Capital, como a reativação da Delegacia de Homicídios de Maceió foram avanços importantes no combate à criminalidade. A PC também criou as Operações Asfixia (na capital) e Sufoco (em Arapiraca) visando reprimir e prevenir o crime.

Com recursos próprios, foi adquirido um equipamento de ponta para o serviço de Inteligência semelhante ao que é utilizado pela Polícia Federal e pelas polícias dos estados mais ricos do País. A instituição recebeu também novas viaturas, armas, coletes e equipamentos de informática, melhorando significativamente a atuação dos policiais civis.

A qualificação profissional foi outro item destacado, com a realização de cursos, seminários e treinamentos por meio da Academia de Polícia Civil (Apocal).

 

por Jaime Feitosa/PC-AL

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  • acontece Não sei o porque mas tudo que acontece é em favor de bandidos, JOÃO B... BELTRÃO deve estar rindo atoa. quanta desgraça pobre povo alagoano.